quinta-feira, 23 de julho de 2009

Diga não às gorduras

Dicas para uma alimentação com menor quantidade de gordura

EVITE:
- Leite integral
- Queijos amarelos (cheddar, gruyere, parmesão e provolone)
- Mortadela, salames e presunto gordo
- Passar no pão: manteiga, maionese, patês
- Biscoitos amanteigados e biscoitos recheados
- Camarão, pato e salmão
- Carne bovina gorda (picanha, cupim, costela e contrafilé)
- Preparar alimentos na forma frita
- Molho branco à base de creme de leite com massas e carnes
- Acompanhamentos fritos (batata ou ovo)
- Macarrão instantâneo
- Lanches tipo fast-food e cheeseburguer
- Pizzas de linguiça com massa grossa e excesso de azeite
- Vegetais com alto teor de gordura: azeitonas, coco, abacate
- Doces a base de ovos, creme de leite e chocolate

PREFIRA:
- Leite e iogurtes desnatados
- Queijos brancos: muçarela de búfala, ricota ou queijo minas
- Peito de peru light e presunto magros
- Passar no pão: requeijão light, geléias ou mel
- Frango, peru e peixes brancos sem pele
- Carne bovina magra (alcatra e filé)
- Preparar os alimentos de forma cozida, assada ou grelhada
- Molho de tomate com massas e carnes
- Legumes e verduras
- Sanduíches com pães integrais
- Pizza de legumes com massa fina e pouco azeite
- Frutas, barras de cereais, iogurtes ou bolachas light
- Temperar a salada com vinagre e limão, com pouco azeite
- Sobremesas à base de frutas

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Instantes

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da vida. Claro, tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso e feita a vida, só de momentos, não perca-os agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um para-quedas. Se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria mais com crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo.

(Jorge Luis Borges)

sábado, 18 de julho de 2009

Orientação Vocacional (OV)

“Eu tenho que escolher em um mês o que vou fazer o resto da minha vida”.
“E se eu não acertar na minha escolha?”
“São tantas opções que não sei o que fazer.”

Todas essas indagações são comuns nos estudantes na hora de prestar vestibular. Além disso, todo estresse que o estudo provoca, a pressão para passar no vestibular e as expectativas de pais, familiares e amigos são variáveis que interferem diretamente no processo de escolha da profissão.

É comum neste momento, que o aluno busque a ajuda de um profissional para fazer a Orientação Vocacional (OV). Mas, afinal, o que é isso? Mais que um processo de testagem e aconselhamento, a OV, através de testes, técnicas e exercícios, visa ao autoconhecimento do aluno. Autoconhecimento porque uma escolha é muito mais consciente e acertada quando a pessoa sabe de seus interesses, de suas aptidões e de sua personalidade (com suas forças e suas fraquezas). Além disso, a escolha é muito mais responsável quando a pessoa sabe das motivações que a levam a optar pelo curso x ou y, procurando saber das conseqüências de sua escolha e optando por “pagar o preço” dela.

É importante que, na medida do possível, se retire o peso que esse momento representa para o jovem, pois nada na vida é definitivo. E isso inclui a opção profissional. Costumo dizer para os meus clientes que não existem milagres ou mágicas na OV, não há resposta pronta que venha de fora (no caso, por parte do psicólogo), mas sim uma construção e um fortalecimento interno para que a escolha seja o menos idealizada e o mais consciente possível.

Toda escolha implica uma renúncia. Se escolho estudar Engenharia, abandono a possibilidade de fazer Psicologia. Assim, talvez o difícil não seja escolher, mas sim renunciar a todas as outras possibilidades existentes.

(Texto elaborado por Daniela Piroli Cabral – Psicóloga da PERSONA)

domingo, 12 de julho de 2009

Depressão

Qualquer pessoa pode ficar triste, ter um momento de mau humor em função de uma decepção amorosa ou profissional, da perda de alguém querido, de processos de mudanças que ocorrem no curso da vida. Porém, a depressão é diferente, não é tristeza nem fraqueza de personalidade. Ela é uma doença que influencia as atitudes das pessoas perante suas vidas e as dos que estão ao seu redor. Ela altera os sentimentos e reduz as sensações de bem estar, muda a forma de pensar, interfere nas escolhas, nos comportamentos e crenças das pessoas.

A depressão afeta milhões de pessoas a cada ano, independentemente da idade, do sexo, da raça, da religião e das condições econômicas e sociais. Quando não tratada pode durar meses e até anos, trazendo prejuízos incalculáveis e, às vezes, irreversíveis.

Alguns dos sinais e sintomas da depressão são:
- tristeza ou irritação durante a maior parte do dia, quase todos os dias;
- perda de interesse ou do prazer por atividades que antes eram agradáveis durante a maior parte do dia;
- mudanças súbitas no apetite ou no peso;
- insônia ou necessidade de sono aumentada;
- agitação ou prostração;
- sensação constante de cansaço ou de perda de energia;
- sentimentos freqüentes de inferioridade ou de culpa;
- dificuldade de concentração e de tomar decisões;
- pensamentos derrotistas freqüentes, sobre morte ou suicídio.

Cabe ressaltar que os sintomas variam de pessoa para pessoa e não necessariamente todos estão presentes. É preciso uma investigação clínica detalhada, além da análise da história de vida da pessoa para se diagnosticar a depressão.

Outros acontecimentos podem causar ou favorecer o surgimento da depressão, tais como:
- experiências de vida como um divórcio, morte do cônjuge, perda do emprego, problemas financeiros;
- abuso de álcool ou drogas;
- uso de determinadas medicações ou presença de outras doenças;
- história familiar de depressão;
- em mulheres, mudanças hormonais após o parto;
- em idosos, doenças como o câncer, Alzheimer e Parkinson.

Mesmo que a causa da depressão não seja identificada, na maioria dos casos há a possibilidade de melhora através de tratamento adequado. Geralmente, os tratamentos incluem psicoterapia e medicamentos. É muito importante também o apoio familiar, no sentido de compreender que a depressão é uma doença real e que necessita tratamento específico.

Além disso, a prática regular de exercício físico, a alimentação balanceada, o estabelecimento de uma rotina para o horário de sono e a redução do consumo de cafeína e de álcool também podem auxiliar no tratamento e na prevenção, fazendo com que o paciente se sinta melhor.

(Texto elaborado com base no informativo Lundbeck - 2009)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Transtorno de Pânico (TP)

A característica essencial do Transtorno de Pânico é a presença de ataques de pânico recorrentes e inesperados, de frequencia e intensidade variáveis, seguidos por ao menos 1 mês de preocupação persistente de ter outro Ataque de Pânico, com suas possíveis consequencias, ou de uma alteração significativa do comportamento.
Os Ataques de Pânico podem estar presentes em diversas doenças e podem ser de três tipos: inesperados, ligados a situações e predispostos por situações. No Transtorno de Pânico, os ataques de pânico são caracteristicamente inesperados e, em poucos casos, predispostos por situações. Existem também sentimentos constantes ou intermitentes de ansiedade não focalizada sobre qualquer situação ou evento específico. Os ataques de pânico noturno, que despertam o indivíduo, são característico do Transtorno de Pânico.
O ataque de pânico é caracterizado por um período de intenso tremor ou desconforto, no qual 4 ou mais dos sintomas abaixo ocorrem abruptamente e alcançam um pico em aproximadamente 10 minutos:
- coração acelerado
- suor aumentado
- tremores ou abalos
- sensação de falta de ar/sufocamento/asfixia
- dor ou desconforto no peito
- náusea ou desconforto na barriga
- sensação de tontura, instabilidade, vertigem ou desmaio
- sensações de irrealidade, de estar se distanciando de si mesmo
- medo de perder o controle ou de enlouquecer
- medo de morrer
- parestesias (anestesia ou sensação de formigamento)
- calafrios ou ondas de calor
Indivíduos com Transtorno de Pânico temem que os sintomas signifiquem a presença de uma doença ameaçadora à vida, mesmo após a realização de diversos exames médicos. As preocupações com um próximo ataque e suas implicações estão associadas com o desenvolvimento de comportamentos de evitação, o que pode significar sérias restrições à vida social e afetiva.
A idade de início para o Transtorno de Pânico é muito variável, geralmente entre o final da adolescência e os 30 anos.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)

O TOC é um transtorno psiquiátrico que se caracteriza pela presença de pensamentos, dúvidas, imagens ou impulsos desagradáveis ou difíceis de afastar (obsessões) e por comportamentos repetitivos (compulsões) que são realizados em resposta ao sofrimento resultante das obsessões ou de acordo com regras rígidas.

Os sintomas do TOC são muitos, incluindo: (1) obsessões com conteúdos agressivos, sexuais e religiosos e compulsões de checagem; (2) obsessões de simetria e compulsões de ordenação, contagem e repetição de rituais; (3) obsessões de contaminação e compulsões de lavagem ou limpeza; (4) obsessões de acumulação (“colecionismo”).

Convém lembrar que muitas pessoas apresentam sintomas obsessivo-compulsivos, no entanto, convivem bem com com eles. Muitas vezes, os sintomas não geram sofrimento nem atrapalham o funcionamento e as rotinas diárias. Neste caso, não pode-se falar em TOC. Apenas 2 a 2,5% da população em geral com os sintomas descritos recebem o diagnóstico de TOC.

Ainda não se sabe exatamente quais são as causas do TOC, mas ele pode ser causado tanto por fatores inatos como por fatores ambientais. Acredita-se tanto fatores biológicos como psicológicos possam levar a um desequilíbrio químico em alguns circuitos cerebrais. Tanto medicamentos como psicoterapia contribuem para o re-estabelecimento deste equilíbrio.

Convém lembrar também a importância que a família desempenha no tratamento, pois a sua participação pode produzir mudanças, oferecer apoio e suporte necessários à recuperação do paciente. Os familiares devem ter uma atitude compreensiva e acolhedora, sem, entretanto, ceder prontamente às pressões do paciente.

Para mais esclarecimentos, consulte-nos.

(texto baseado no informativo Lundbeck Brasil - 2009)

Como chegar:

Trecho do livro Mentes Perigosas

Normalmente a psicopatia é associada a pessoas violentas, com aparência de assassinas e que podem ser facilmente identificadas. Mas, diferentemente do que se costuma acreditar, psicopatas, em sua grande maioria, não são necessariamente assassinos. Em Mentes Perigosas, a médica psiquiatra Ana Beatriz B. Silva alerta para o fato de que os psicopatas podem permanecer por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos. “Eles Transitam tranqüilamente pelas ruas, cruzam nossos caminhos, freqüentam as mesmas festas, dividem o mesmo teto, dormem na mesma cama... Apesar de mais de vinte anos de profissão, ainda fico muito surpresa e sensibilizada com a quantidade de pacientes que me procuram com suas vidas arruinadas, totalmente em frangalhos, alvejadas por esses seres”, diz ela.
Segundo a autora, os psicopatas são 4% da população: 3% são homens e 1% mulher. Ou seja, a cada 25 pessoas, uma é psicopata. E como seus atos criminosos não provêm de mentes adoecidas, mas sim de um raciocínio frio e calculista combinado com uma total incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos, eles não são considerados loucos, não sofrem de alucinação ou apresentam sofrimento mental. Vivem incógnitos, em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria das outras pessoas. Apenas em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Em sua grande maioria, eles não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns. No entanto, são desprovidos de consciência e, portanto, destituídos do senso de responsabilidade ética, que é a base essencial das relações emocionais. “Sei que é difícil de acreditar, mas algumas pessoas nunca experimentaram ou jamais experimentarão a inquietude mental, ou o menor sentimento de culpa ou remorso por desapontar, magoar, enganar ou até mesmo tirar a vida de alguém. Admitir que existem criaturas com essa natureza é quase uma rendição ao fato de que o ‘mal’ habita entre nós, lado a lado, cara a cara”, explica a autora.
Ana Beatriz alerta no livro para o poder destrutivo dos psicopatas, que manipuladores, perversos e desprovidos de culpa, remorso ou arrependimento, são capazes de passar por cima de qualquer pessoa para satisfazer seus próprios interesses: “Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas [em sua maioria] não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados. Por serem charmosos, eloqüentes, ‘inteligentes’, envolventes e sedutores, não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são. Podemos encontrá-los disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes, bons amigos. Visam apenas benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade”.
Segundo o psiquiatra canadense Robert Hare, uma das maiores autoridades sobre o assunto, os psicopatas têm total ciência dos seus atos - a parte cognitiva ou racional é perfeita -, ou seja, sabem perfeitamente que estão infringindo regras sociais e por que estão fazendo. O déficit deles está no campo dos afetos e das emoções. Assim, para eles, tanto faz ferir, maltratar ou até matar alguém que atravessa o seu caminho ou os seus interesses, mesmo que esse alguém faça parte de seu convívio íntimo. Esses comportamentos desprezíveis são resultados de uma escolha exercida de forma livre e sem qualquer culpa. A mais evidente expressão da psicopatia envolve a flagrante violação criminosa das regras sociais - eles sabem perfeitamente o que estão fazendo. Quanto aos sentimentos, porém, são absolutamente deficitários, pobres, ausentes de afeto e de profundidade emocional: “Assim, concordo plenamente quando alguns autores dizem, de forma metafórica, que os psicopatas entendem a letra de uma canção, mas são incapazes de compreender a melodia”, esclarece a psiquiatra.
Estou convencida de que falhas em nossas organizações familiares, educacionais e sociais são dados importantes e merecem estudos aprofundados e toda a nossa atenção, mas por si só não são suficientes para explicar o fenômeno da psicopatia”.


Educar os filhos - Tarefa de Pai ou de Mãe?

Criar filhos não é uma tarefa tão fácil, hoje em dia parece que tem assustado ainda mais, principalmente os homens. Alguns pensam que é um bicho de sete cabeças. Ficam imaginando as noites mal dormidas, sua companheira stressada com os cuidados com o filho, as preocupações em manter o emprego, porque agora tem um ser totalmente dependente na casa, e sem contar que também pode acontecer um ciúme por parte do nove ser que agora divide a tenção da esposa.
Supondo que seja tranqüilo lidar com todos esses receios, e que tomando uma atitude madura todos esses problemas serão facilmente ultrapassados, resta então assumir os papéis de cada progenitor para levar adiante a tarefa de monitorar o desenvolvimento do pequeno ser que agora tem a função de ser a alegria da casa.
Antes de mais nada vamos pensar no termo FAMÍLIA, o que vem a ser família. De acordo com o dicionário: grupo constituído pela reunião de gêneros afins. Conjunto de ascendente, descendentes, colaterais e afins de uma linhagem.
Resumindo essas definições, podemos sintetizar em: pessoas com mesmos interesses e afinidades que se atraem, para constituir um novo grupo na sociedade. A profundidade de reflexão que absorve o termo afinidade, é um vasto leque, no qual todo casal deveria pensar a respeito antes mesmo de constituir e aumentar uma família.
A afinidade intra pessoal, deveria ser a mola mestra para toda nova família que se forma, pois sem ela os desajustes , problemas e transtornos que no futuro podem ocorrer são inúmeros.
Tenho visto casais que se formam, por motivos tão banais e acabam levando a vida, por não lançarem mão de outras alternativas para melhorar a vida de cada um. Nesse jogo os filhos acabam chegando, encontrando uma família mal estruturada, e muitas vezes tornando-se a ovelha negra deste núcleo.
Todo casal tem encontros e desencontros. Muitas vezes as opiniões divergem, e isto não seria motivo para desentendimentos maiores, porém o que vemos é que isso muitas é motivo até de separação, principalmente quando o casal entra em disputa de poder, e nem sempre percebem que assim o fazem.
Hoje é muito comum os papéis dentro do núcleo familiar se misturarem, haver dúvidas por parte dos cônjuges sobre quem desempenha o quê. Infelizmente não existe cartilha pronta. Em todas palestras que faço para pais, sempre me cobram essa cartilha, e a resposta é sempre a mesma, noto nos rostinhos dos jovens pais uma frustração muito grande quando dou a mesma resposta, do fundo do coração gostaria de Ter essa cartilha pronta, mas penso que seria humanamente impossível, porque isto implicaria em reunir todas as cabeças em uma só, e aí eu pergunto: o que seria da cor preta se não existisse a cor branca?. Vocês percebem como é algo difícil e delicado, em princípio até é muito interessante que se tenha opiniões diferentes, pois sempre teremos novas formas de olhar a mesma situação. Quando surgirem situações específicas, ao invés de procurarmos no manual, teremos a oportunidade de obter vários pontos de vista e optar por aquele que traduz melhor nossas forma de lidar com o problema, e isto é mágico, faz com que um papai e uma mamãe sejam sui generis, ou seja, segundo a opinião dos próprios filhos, serão os melhores pais do mundo.
Quem nunca ouviu uma criança fazer referência aos pais , ou a um deles dizendo: “Meu pai é o melhor pai do mundo”. Esta frase é muito comum, principalmente em crianças menores, porque ainda imaginam seus pais como figuras idealizadas. E este vislumbre por parte dos filhos muitas vezes faz com que os pais fiquem ainda mais ansiosos para desempenhar a contento seus papéis familiares.
Ter sintonia no casal significa, saber ouvir, respeitar opinião diversa, saber sentir o clima da situação, desenvolver a observação para ler no comportamento do outro a linguagem do corpo, da expressão, do tom da fala, é lançar mão da habilidade de raciocínio que chamamos de Antecipação, ou seja prever o desenlace da situação, ou pelo menos criar hipóteses. A sintonia implica numa cumplicidade, de saber que mesmo diante de uma calorosa discussão de idéias ou opiniões, esse momento vai passar rapidamente, ou seja logo virão as ondas tranqüilas novamente. Todo relacionamento implica nesses momentos, justamente pelo que foi comentado acima, ou seja cada cabeça é única. Se o meu companheiro não concorda comigo num aspecto, em outro ele pode concordar, e isto faz o relacionamento Ter vida, ser uma troca e não uma cola. Todo casal precisa Ter claro que em determinadas situações é necessário doar, e em outros momentos receber, isso implica em aceitar que em determinados momentos devemos deixar prevalecer a opinião do outro e esperar que em outras situações possa prevalecer nossa opinião. Desde que essa escolha não prejudique a criança, nada há de errado em tomar essa postura.
Os pais devem trabalhar como uma equipe, fazendo até revezamento. Para ilustrar esse método de trabalho, vou expor a vocês um conto de como vivem os gansos selvagens.

A história é a seguinte:

Sobre Gansos e Equipes

Autor desconhecido

Você sabe por que gansos, quando voam, sempre estabelecem uma formação "V"?
Vamos a algumas descobertas da ciência:

1. A medida em que cada ave bate suas asas, ela cria uma área de sus-
tentação para a ave seguinte. Voando em formação "V", o grupo inteiro
consegue voar, pelo menos 71% a mais do que se cada ave voasse isolada-
mente.
Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe
atingem resultados muito mais rápido e facilmente.

2. Quando o ganso líder se cansa, ele vai para a parte de trás do "V",
enquanto um outro ganso assume a ponta.
O revezamento de esforços permite avançarmos mais facilmente nas tarefas árduas.

3. Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade.
Incentivo e estímulo são fundamentais quando queremos manter ou melhorar o ritmo e a velocidade de nossas empreitadas.

4. Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e seguem-no para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompanham até que suas condições melhorem e, então, os três reiniciam a jornada, juntando-se à
outra formação, até encontrar o grupo original.
Gansos, uma metáfora onde a solidariedade nas dificuldades é fundamental para o sucesso da jornada.

(FONTE: REVISTA PSICOPEDAGOGIA 14(32): 46-46,1995)

Refletindo sobre o texto, fica muito claro que a união sempre fez a força e continuará fazendo, portanto se um dos pais fica demasiadamente cansado com a rotina do bebê , é mais que certo que o outro se encarregue da situação.
Muitas vezes, só um dos pais trabalha fora, portanto fica implicito que o outro deve dar conta do trabalho em casa. Isto não é verdade, pois a função de pais pertence aos dois e não só ao que permaneceu, ou esta provisoriamente em casa. Ambos devem exercer a função de pais, e isto é importante para a formação da criança, tanto a nível de contato físico como emocional.
Nos anos 80, surgiu o termo supermãe, ou seja: aquela que pode tudo, consegue e faz tudo. Não demorou muito para que as mulheres percebessem, que isso não era bem o melhor caminho, pois o desgaste físico e mental as levava e ainda leva a um outro caminho tão evitado hoje em dia entre as mulheres, o desgaste que envelhece e trás como conseqüência doenças precoces. Mesmo sabendo disso, vejo que muitas vezes a mulher acaba por se sobrecarregar até mesmo por falta de opção, é comum o marido trabalhar até altas horas, nos fins de semana, e atualmente com o crescente número de trabalhos terceirizados, a carga horária mudou muito, sendo que mesmo nos finais de semana as pessoas acabam trabalhando até mesmo em casa para dar conta do serviço. Todos esses fatores têm tornado mais difícil o convívio familiar, em função do tempo disponível pelos progenitores, como também o cansaço físico e mental que diminui a qualidade de qualquer interação humana. Acho que todos precisam rever seus valores, para oferecer uma vida mais digna e saudável aos membros familiares.
Diante de tantos obstáculos oferecidos pelo “progresso”, precisamos encontrar a forma mais harmoniosa possível para estabelecer as tarefas de cada um, assim não sobrecarregando apenas um membro.
A parceria entre o casal, é a melhor opção para obter bons resultados, ela funciona principalmente quando o casal deixou de lado a famosa busca do príncipe e da gueixa. A vida real a dois é repleta de ganhos e perdas, como também encantos e desencantos, é necessário muita maturidade para lidar com as frustrações do relacionamento, e o que tenho observado hoje em dia, é que muitas pessoas preferem não enfrentar esses desafios. Para aqueles que conseguem ultrapassar juntos os obstáculos da vida dando valor em cada ganho e se unindo nas perdas, esses conseguem descobrir a felicidade da parceria: Ter alguém ao lado para chorar, sorrir e amar. Para tanto basta saber admitir as falhas, pedir desculpas quando erra, perdoar quando o outro errou, é necessário tomar alguns cuidados dentro do relacionamento, e é bom frisar que até os desentendimentos são importantes, pois funcionam como um alicerce para saber em que terreno se esta pisando, e assim aprender a conhecer de fato o parceiro.
È muito gratificante Ter alguém para contar nos bons e nos maus momentos, mas como toda vitória, este ganho tem um percurso a ser enfrentado.

* ELIANE PISANI LEITE

Expressar as opiniões previne estresse e depressão

Muitas vezes, durante situações do dia-a-dia engolimos alguns sapos e muitos brejos. É comum o indivíduo deixar de falar o que pensa para não prolongar uma conversa, evitar uma discussão ou ainda por medo de não ser aceito nos grupos. Mas, o que muitas pessoas desconhecem são os malefícios que essa ação pode acarretar tanto à saúde como ao convívio social. Se a pessoa deixa de falar o que pensa fará com que o grupo, onde está inserida, deixe de conhecê-la. Já expressar suas idéias e pensamentos permitirá que os outros a conheçam, além de estabelecer um diálogo. Porém é importante estar atento à conversa para colocar as palavras certas na hora certa, o foco e a atenção devem estar sempre presentes nas situações das atividades diárias.Deixar de se expressar é omitir-se perante a vida, além de gerar danos à saúde, como por exemplo, o estresse. Algumas vezes, as expressões da comunicação - faladas ou escritas - acabam sendo utilizadas de forma inadequada, mesmo assim é importante expressar-se, pois só dessa forma será possível perceber as falhas, que resultarão em um processo de aprendizagem. O importante é se comunicar e se perceber.Outro item que pode ser prejudicado é o autoconhecimento, já que a expressão da comunicação é uma via de mão dupla, deixar de emitir a opinião e não se expor faz com que a pessoa não se conheça e deixe de expressar o que pensa e sente.Entre tantas dificuldades em não se expressar é difícil tornar-se íntimo de uma pessoa que guarda as opiniões para si, pois com o pé atrás, o outro não sabe até onde pode seguir. É importante despertar confiança e ética nos diálogos e aprender a distinguir os momentos de perceber o que é público e privado nas relações. As falhas na comunicação geram frustrações e ansiedades, que precisam ser vistas e revistas sempre por meio de uma análise ou de uma auto-análise.O medo da exposição sempre tem escondido uma situação mal resolvida, repressão, incompreensão nos relacionamentos e relações complementares, seja no ambiente familiar, afetivo, social, educacional ou público. Por isso vale ressaltar a importância de colocar as palavras certas na hora certa, assim como saber ouvir e ler para saber responder ou emitir opiniões.São sábias as pessoas que preferem não falar em um momento de explosão ou que não têm conhecimento do assunto. Neste caso, o mais sensato é esperar os ânimos se acalmarem para posteriormente falar do assunto, assim, como tomar ciência ou procurar pesquisar o que é desconhecido para se ter certeza nas colocações. A cautela é muito bem-vinda e expressa sabedoria em analisar as situações.Desta forma "engolir sapos" não é saudável, os ânimos ficam indigestos, o ideal é respirar profundamente e "contar até três" para então dizer sua opinião, pois as palavras em alguns momentos valem "ouro" e aprender a estabelecer uma comunicação saudável permite aprender a expressar e aceitar os êxitos e as falhas.Outro fato importante é ter vontade chorar ao invés de falar, a ansiedade do choro tenciona o diálogo, o que faz com que a pessoa seja pega pelas emoções. Os pensamentos, atos e omissões estão sempre presentes na vida. O ideal é refletir, meditar e analisar as situações vividas que não deram certo ou que foram frustrantes, sem dúvidas é um exercício difícil, porém o mais valioso para as descobertas do amor próprio e aceitação pessoal e do outro. Somente assim é possível analisar as situações vividas para observarmos as marcas e falhas que ocorreram e então treinar os papéis de vários ângulos, além de aprender a transformar as falhas em situações de aprendizagem.Deixar de dizer o que pensa causa tensão e estresse, o discurso fica comprometido, a pessoa sente-se oprimida, que tudo e todos estão contra ela, perde o foco, se desorganiza, apresenta sintomas relacionados a somatização, sente como se estivesse em um túnel sem direção, percorrendo uma via única, quando na verdade deveria restabelecer novos relacionamento e contatos. Neste momento o individuo passa a necessitar de cuidados.Toda pessoa desenvolve dois papéis na vida, o de cuidar e deixar ser cuidada, quando há descuido de uma das partes, os reflexos do ambiente externo interferem nas ações internas do organismo. Da mesma forma que cuidamos precisamos de cuidado. Essa troca é essencial para que o individuo reaprenda a se amar para cuidar e amar o outro.Vale uma dica, quando isto acontecer o ideal é procurar auxilio profissional - médico, psicólogo e outros profissionais da saúde - para que sejam restabelecidos o equilíbrio e o bem-estar de uma vida saudável. Somente desta forma será possível olhar para a crise como um momento de descoberta e ampliar os horizontes de vida, readquirindo a energia vital da comunicação com criatividade espontaneidade.Quando o ser humano deixa de se expressar podem surgir sentimentos como culpa, raiva e medo, que estão interligados com as emoções que são desencadeadas pelos pensamentos, atos e omissões. Essas falhas ocasionam agressividade e irritabilidade e levam a pessoa à depressão e isolamento, que é uma forma de mostrar ao ambiente externo que necessita de cuidado.A falta de aprendizagem para lidar com esses sentimentos desencadeia ataques verbais e físicos, o que demonstra que o individuo está com dificuldade em lidar com as frustrações, com os limites em relação à crise em que se encontra e pouco equilíbrio emocional para tratar as situações inesperadas. Os sentimentos de explosão ou depressão são ruins e devem ser tratados.Aprender a comunicar-se é uma arte da qual requer auxílio da sensatez, espontaneidade e criatividade para favorecer o crescimento pessoal e profissional, além de ter transparência política nas ações e reações relacionais.

Madalena Cabral Rehder
Fonte: SEGS Portal Nacional

Desmistificando a terapia

Expor a intimidade para um estranho parece atitude descabida, ainda mais para quem acredita que deve ser forte o suficiente para se conhecer e resolver os próprios problemas. Por isso é tão difícil falar em terapia com quem nunca teve essa experiência, ainda tão revestida de mitos.
Além do desejo de autoconhecimento, são vários os motivos que levam os indivíduos a pedir a ajuda de um profissional. “Alguns identificam um sofrimento psíquico intenso. Outros, uma paralisia no andamento de seus projetos ou até mesmo a ausência deles”, destaca a psicóloga Fernanda Gomes. Situações como estas, segundo ela, são observadas pela própria pessoa ou por aqueles que convivem com ela, no caso, os pais, se forem crianças.
“Temos a tendência inconsciente de repetir os mesmos modelos de experiências emocionais. Para transformar esta tendência, é necessário que exista um fato que interrompa este modelo. Este fato pode ser a terapia ou outro acontecimento marcante, como entrar na faculdade ou fazer uma viagem, pois ambas são situações que impulsionam o indivíduo a modificar a maneira de observar o seu viver”, diz a psicóloga. Ela acredita que o isolamento só irá aumentar a tendência à repetição. “É uma forma de encapsular a vida e de se proteger de dores, mas também anestesiando as alegrias”, enfatiza.
Rompida a barreira inicial, algumas dúvidas aparecem: qual tipo de tratamento ou linha escolher e como chegar a um profissional competente, com o qual se tenha afinidade. Primeiro, é importante entender a diferença entre terapia, psicoterapia e análise. De acordo com Fernanda, terapia tem o objetivo de restabelecer o bem-estar, enquanto a psicoterapia visa cuidar da mente e da alma, por isso costuma tratar o que incomoda o indivíduo. Análise, por sua vez, refere-se aos tratamentos baseados em linhas psicanalíticas e buscam a compreensão do funcionamento psíquico.
. No entanto, a psicóloga acredita que o peso maior deve ser dado não ao tipo de tratamento ou às linhas, mas à empatia entre paciente e terapeuta. “Indicações feitas por outros profissionais, como médicos e pedagogos, são as que têm maior confiabilidade”, ressalta.
Quando o paciente começa a experimentar o desejo de encerrar o trabalho, há duas possibilidades, na visão de Fernanda. A primeira é que o processo terapêutico chegou num ponto difícil, que provoca dor no paciente e por isso ele deseja abandonar o trabalho, ancorado na idéia de que já melhorou muito. “Quando isto é feito abruptamente, sabemos que se trata de uma resistência, o paciente não quer ou não está dando conta de continuar o trabalho”, afirma a psicóloga.

Fonte: Fernanda Maria Gomes

Professor,a voz como instrumento de trabalho.

A demanda vocal excessiva, associada às condições ambientais, físicas e emocionais inadequadas, pode prejudicar o desempenho ocupacional em diversos segmentos profissionais. Dentre eles, destacaremos a sua, professor, categoria profissional que é acometida com elevada ocorrência de problemas vocais, uma vez que as condições de uso da voz e os seus devidos cuidados são, na maioria das vezes, inadequadas. Justifica-se esta afirmação com os seguintes relatos: ‘’uso a voz durante horas’’; ‘’faço competição vocal por causa do barulho”, ‘’falo quase sempre gritando’’; ‘’ estou sob estresse’’; ‘’esqueço de beber água’’ entre outros.
Freqüentemente o professor necessita competir com o ruído ambiental e dessa maneira eleva naturalmente a intensidade da voz sem que perceba o esforço, denotando assim o abuso vocal. O barulho presente na escola, em seus arredores e na própria sala de aula, compromete a inteligibilidade da fala causando um enorme prejuízo escolar para o aluno e atrapalhando o desempenho do professor. O efeito do mau uso vocal varia desde uma alteração imperceptível auditivamente, como um pouco de cansaço na voz, até desvios vocais severos como ficar sem voz não estando gripado, fato que em algumas vezes chega a impedir a atuação profissional.
É bastante comum ouvir de professores queixas como rouquidão freqüente, cansaço vocal, boca ou garganta seca, pigarros, tosse seca insistente, ardência na garganta, falhas na voz fraca, dificuldades para falar e respirar, assim como dores na região do pescoço. Estas queixas podem estar associadas a jornadas extensas de trabalho, crises alérgicas e estresse elevado. Também podem estar relacionadas com patologias já instaladas nas pregas vocais. Muitas dessas queixas podem desaparecer após uma boa noite de sono ou persistirem por um longo período prejudicando o desempenho no trabalho e até nas relações sociais pela dificuldade de ser ouvido.
Algumas informações serão descritas para que você, professor, possa entender um pouco sobre os cuidados que deve ter com seu instrumento de trabalho.
Antes de utilizar sua voz profissionalmente, evite a ingestão de alimentos gordurosos e condimentados, pois podem provocar o refluxo gastroesofágico, que poderá irritar a garganta e produzir pigarro. Da mesma maneira evite o café, os derivados do leite e os chocolates. Então no que se refere à alimentação, privilegie refeições leves, comendo muitas verduras, legumes, frutas e até grelhados, pois o gênero light também ajudará você a manter a saúde da sua voz. É recomendado, ainda, que sejam cumpridos horários regulares de alimentação, mastigando bem os alimentos com movimentos adequados para auxiliar numa boa articulação e dicção. Ou seja, mastigar bem traz benefícios para a saúde geral, além de ser um excelente exercício para a musculatura da face.
Muitas pessoas relatam o hábito de mascar gengibre para melhorar as condições vocais. Todavia não existem estudos que comprovem sua eficácia. O uso de pastilhas, sprays e drops também com o intuito de melhorar as condições vocais devem ser cautelosos, principalmente aqueles à base de menta, uma vez que irritam a mucosa. Eles podem até ajudar a refrescar a garganta, mas mascaram os sintomas de esforço vocal, ardor e dor.
É recomendado beber bastante líquido. A água é um santo remédio. Sua ingestão deve ser de aproximadamente oito copos ou dois litros ao longo do dia. Isso tornará a saliva mais leve e fina ajudando na articulação. Servirá também para hidratar o todo o organismo, pois se a mucosa das pregas vocais estiver ressecada, a probabilidade do desenvolvimento de alterações orgânicas como no caso dos nódulos vocais (‘’os calos de cordas vocais’’, como são conhecidos) passa a ser maior, devido ao maior atrito de uma prega vocal contra a outra.
Como já mencionado, o sono é considerado um fator imprescindível para o bom condicionamento físico e mental. Por isso, a importância de respeitar o tempo de sete a oito horas de sono por dia para o descanso do corpo. Além do repouso corporal, deve-se considerar também o repouso vocal. Após o uso intensivo de voz é ideal um período de descanso ou de uso muito limitado da voz.
A voz do professor é o principal veículo de transmissão de conhecimentos. Uma boa comunicação depende da saúde e harmonia de todo o corpo, depende da postura, da mímica facial e dos gestos usados com as palavras para complementar a expressão individual.
A boa postura corporal deverá ser observada para a utilização adequada da voz profissional. O tronco alongado ajuda a manter o abdome livre para uma respiração adequada. Trabalhar por muito tempo sentado provoca a diminuição da capacidade pulmonar interferindo na produção vocal.
A articulação das palavras deverá ocorrer de forma clara e com abertura da boca, o que melhora a inteligibilidade da fala a fim de facilitar a compreensão da mensagem pelos os alunos, substituindo, em parte, o aumento do volume da voz.
A utilização de diversos recursos materiais, como retro projetores, vídeos, cartazes e slides, e de outros recursos didáticos como estudos dirigidos, seminários entre outros ajudarão na prevenção de problemas vocais, auxiliando no repouso vocal, reduzindo um pouco o seu tempo de conversação em intensidade mais elevada na sala de aula.
Outro fator significante diz respeito à dependência química. Um deles seria o fumo, que age diretamente na mucosa laríngea provocando irritação em todo o aparelho fonador, sendo que sua relação com o câncer de laringe é evidente. Os efeitos do tabaco na mucosa laríngea correspondem não só à irritação, mas também à secura e inchaços nas pregas vocais, gerando comprometimento da qualidade vocal.
Práticas como o aquecimento vocal individualizado e devidamente supervisionado, bem como o aprendizado de técnicas específicas para aperfeiçoar a comunicação oral e manter a saúde da voz deve ser orientado por um fonoaudiólogo.
Quando você professor sentir qualquer indisposição vocal como no caso de rouquidão persistente por mais de uma semana, deve procurar um otorrinolaringologista para uma minuciosa avaliação do aparelho fonador.


A gagueira das crianças pode ser normal!

A criança no seu desenvolvimento normal da fala passa por diferentes fases. Aprende a fazer alguns sons que aos poucos vão se assemelhando aos sons da fala e, a partir daí, as palavras vão surgindo, algumas pequenas frases, até falar frases inteiras. Todo esse processo geralmente é acompanhado com entusiasmo pelos pais e familiares que comemoram cada evolução da criança.
Quando tudo parece estar indo bem, a criança começa a dar sinais de que está hesitante para falar, começa a repetir palavras, gastar mais tempo para falar. Surgem então algumas nuvens de preocupação: “Será um retrocesso?”, “Ela está fazendo “gracinha”?”, “Será que o nosso modelo de fala não está ideal?”, “Será que ela vai ser gaga?”. A possibilidade de a criança ser gaga surge como um fantasma na mente dos pais, devido ao preconceito que infelizmente ainda existe nos dias de hoje.
Para minimizar tais preocupações e ansiedades faz-se necessário explicar que em determinada idade, geralmente de 2,6 a 6 anos, a criança passa a apresentar repetições de palavras e sílabas, bloqueios e a fala passa a não soar tão natural. Tais manifestações podem ser mutáveis e geralmente passam por períodos de melhora e recaídas, até que a freqüência da disfluência vai diminuindo e desaparece naturalmente. A mudança no ritmo da fala é decorrente das incertezas lingüísticas que são próprias da idade. Se até aquele momento a criança falava “fazeu”, “comei”, por exemplo, agora o grau de exigência passa a ser maior e ela deve falar melhor, com isso, a criança passa a ficar tímida em determinadas situações de fala.
A maioria das crianças (80%) recupera o padrão fluente dentro de 6 a 8 meses após o surgimento das repetições. Somente 20 a 30% das crianças que apresentam disfluência se tornam gagas.
Diante deste quadro, as reações dos pais podem ser variadas: Alguns não valorizam as manifestações diferentes na fala da criança, outros observam e ficam confusos quanto àquele comportamento. E há os que prestam atenção e se preocupam, não escondendo a ansiedade.
A interação familiar tem sido considerada um traço fundamental na instalação e desenvolvimento da gagueira. A não aceitação da forma de falar da criança faz com que os pais intervenham dizendo: “Fale direito!”, “Devagar!”, ”Acalme-se!”, “Pense antes de falar!”. E o que parece ser uma forma de ajudar, na realidade atrapalha e tais frases devem ser evitadas. Isto porque a criança pode observar que está falando errado, mas não tem consciência do que deve fazer para mudar. Com isso, passa a fazer esforço para falar, habituando-se a falar dessa forma. Deste processo surge a gagueira propriamente dita.
Diante dessa situação é pertinente questionar: “Como tratar as crianças que estão passando por essa fase de gaguejar, ou seja, pela “disfluência fisiológica”?. Alguns cuidados são importantes: Prestar mais atenção ao conteúdo da mensagem, não interromper a fala da criança, manter um contato natural de olho enquanto a criança estiver falando, reduzir a velocidade de fala quando se dirigir à criança. Dar o tempo necessário para responder, dar mais atenção aos momentos de fluência que de disfluência.
Assim, deve-se considerar que gaguejar pode ser normal, mas se este quadro se mantiver por um período muito longo ou a ansiedade dos pais for grande, busque ajuda. Procure um fonoaudiólogo, o profissional responsável por tratar os distúrbios da comunicação, ele poderá avaliar se há necessidade de terapia, além de oferecer maiores informações sobre o caso do seu filho.

Nem tudo é fácil

É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas... É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado? Se alguém errou com você, perdoa-o... É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender? Se você sente algo, diga... É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar? Se alguém reclama de você, ouça... É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?Se alguém te ama, ame-o...É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!
Cecília Meireles